A vitamina D é uma vitamina que tem duas formas: a D3 (Colecalciferol), sintetizada na pele durante a exposição solar e presente em ovos e peixes gordos e a D2 (Ergocalciferol), produzida por irradiação ultravioleta de leveduras e cogumelos expostos ao sol, sendo esta a forma presente em suplementos e medicamentos. [1]
Como obtemos vitamina D?
Através da alimentação, como por exemplo pela ingestão de peixes gordos e ovos, conseguimos obter vitamina D. Mas poucos são os alimentos que contém naturalmente esta vitamina. A maioria da vitamina D é produzida na pele, através da exposição solar. É desencadeado um conjunto de reações químicas, com envolvimento do fígado, pele e rim, que leva à produção de 1,25-dihidroxivitamina D, a forma biologicamente ativa da vitamina D, também conhecida como calcitriol. [2]
Que papel tem a vitamina D?
A vitamina D não só tem um papel na prevenção e tratamento de doenças ósseas, como se associa à redução do risco de doença oncológica, cardiovascular, autoimune e infecciosa, assim como de perturbações mentais de diversos tipos e da mortalidade em geral. [3]
A vitamina D tem algum papel na prevenção de fraturas?
Sim. Uma meta-análise de 12 ensaios clínicos randomizados, que incluiu mais de 40.000 pessoas com idade superior a 65 anos de idade, na sua maioria mulheres, analisou se a suplementação de vitamina D tinha algum impacto na redução de fraturas da anca. A conclusão foi que a ingestão mais alta de suplementos de vitamina D, reduziu as fraturas da anca em cerca de 20%, enquanto que a ingestão mais baixa falhou em oferecer qualquer benefício na prevenção de fraturas. [4]
Qual a dose máxima segura?
A dose máxima de vitamina D, segundo a Direção Geral de Saúde (DGS) é de 4000UI por dia, ou seja, o correspondente a mais de 200 refeições Izzee.
Visto que Portugal é um país cheio de sol, os portugueses recebem Vitamina D suficiente durante o dia-a-dia?
A resposta é não. Na última década, tem-se verificado um enorme número de pessoas com níveis sub-ótimos ou deficientes de vitamina D na população geral. [5]
A população portuguesa, na sua maioria, tem exposição solar insuficiente, por passar grande parte do dia sem ser ao ar livre. A este facto acresce a alimentação com menor aporte de vitamina D e cálcio, a idade mais avançada da população geral e as campanhas de sensibilização para o cancro de pele. Estima-se que mais de 40% da população portuguesa de idade adulta tenha deficiência de vitamina D, chegando este valor a atingir 75% da população em diversas áreas do país durante o inverno. [6] A principal causa desta deficiência é a falta de exposição solar, pois há menos vida ao ar livre e o protetor solar reduz em mais de 95% a radiação ultravioleta, diminuindo assim em mais de 95% a produção de vitamina D. [7]
A Izzee encontra-se suplementada com vitamina D, de modo a garantir uma alimentação equilibrada e ideal para si, pensando sempre no hoje e no amanhã.
Referências
[1] Keegan RJ, Lu Z, Bogusz JM, Williams JE, Holick MF. Photobiology of vitamin D in mushrooms and its bioavailability in humans. Dermatoendocrinol. 2013 Jan 1;5(1):165-76. doi: 10.4161/derm.23321. PMID: 24494050; PMCID: PMC3897585.
[2] Wacker M, Holick MF. Sunlight and Vitamin D: A global perspective for health. Dermatoendocrinol. 2013 Jan 1;5(1):51-108. doi: 10.4161/derm.24494. PMID: 24494042; PMCID: PMC3897598.
[3] Hossein-nezhad A, Holick MF. Vitamin D for health: a global perspective. Mayo Clin Proc. 2013 Jul;88(7):720-55. doi: 10.1016/j.mayocp.2013.05.011. Epub 2013 Jun 18. PMID: 23790560; PMCID: PMC3761874.
[4] Bischoff-Ferrari HA, Willett WC, Wong JB, et al. Prevention of Nonvertebral Fractures With Oral Vitamin D and Dose Dependency: A Meta-analysis of Randomized Controlled Trials. Arch Intern Med. 2009;169(6):551–561. doi:10.1001/archinternmed.2008.600
[5] Bjelakovic G, Gluud LL, Nikolova D, Whitfield K, Wetterslev J, Simonetti RG, et al. Vitamin D supplementation for prevention of mortality in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2014; 1: CD007470.
[6] Serum 25-hydroxyvitamin D levels in a healthy population from the North of Portugal, The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, Volume 175, 2018, Pages 97-101,. ISSN 0960-0760, https://doi.org/10.1016/j.jsbmb.2016.11.005.
[7] Felton SJ, Cooke MS, Kift R, et al. Concurrent beneficial (vitamin D production) and hazardous (cutaneous DNA damage) impact of repeated low-level summer sunlight exposures. Br J Dermatol. 2016; 175: 1320–8.